Inauguração do Museu Orgânico do Mestre Nena/ Foto: Augusto Pessoa
Até o final de 2019 o Sesc em parceria com a Fundação Casa Grande pretende inaugurar 16 Museus Orgânicos no Cariri. Além de fomentar a cultura da região, o projeto reconhece os Museus Orgânicos como um novo tipo de museu, baseado no vínculo da trajetória e nos lugares onde os mestres vivem.
Os novos tipos de museus se baseiam em objetos, em pessoas, fotografias, vestimentas, instrumentos e elementos que marcam e consolidam manifestações culturais. Os espaços reconhecidos fazem parte do projeto ” Museus Orgânicos dos Mestres de Cultura Tradicional do Cariri” e constroem a rede que fortalece os lugares de memória. Até agora foram inaugurados 5 pontos no Cariri. Vamos lá conhecer alguns.
Casa do Mestre Antônio Luiz
Localizado em Potengi, mestre Antônio abriu as portas sua casa para que ela se tornasse museu do reisado, no Sítio Assaré. O primeiro museu orgânico inaugurado é de uma das referências dos Mestres de Cultura. Mestre Antônio integrou o primeiro reisado ainda jovem na região como brincante. Com o tempo tornou-se o mestre do mesmo grupo, o Reisado de Caretas de Couro, que brincava desde 1975, o qual comanda há mais de 30 anos.
Casa do Mestre Nena
Estilo cangaceiro, que Mestre Nena conta mais de 50 anos da cultura popular em seu museu orgânico, localizado no João Cabral. O Mestre coordena o grupo Bacamarteiros da Paz, o grupo dança e reconta o legado cangaceiro do sertão. No percurso do museu a cultura popular aparece nas vestimentas, nos acessórios e na oralidade da dança.
Mestre Françuili
Um artesão Mestre da Cultura, Francisco Dias, mais conhecido como Mestre Françuili materializa tudo que imagina. Sua casa é um grande acervo de objetos que retratam o sertão, além de frota de miniaturas de aeronaves , ultraleves, helicópteros, foguetes e um disco voador, tudo isso em miniaturas caprichosas. A casa do Mestre é centro cultural para visitação de estudantes, turistas e também seus conterrâneos da cidade de Potengi, município da região Caririense e terra-natal do artesão. Com a proposta orgânica do espaço de memória, os visitantes são convidados a vivenciar a rotina do Mestre, conversar sobre sua artesania, histórias e causos.
Oficina Dona Dinha
Dona Dinha é a primeira mulher homenageada no projeto. Raimunda Ana da Silva, conhecida chamada carinhosamente de Dona Dinha, trabalha com a produção de redes desde 12 anos de idade. A rede é produzida fio a fio na casa e pela mãos da artesã, que vende seus artefatos para os turistas que passam pela cidade e pela Fundação Casa Grande. A casa da mestra se encontra no Bairro Vila Alta, periferia de Nova Olinda.
