Dois filmes para você correr ao cinema: “Histórias Assustadoras para Contar no Escuro” e “Era uma Vez em… Hollywood”

IMAGEM | CARTAZ DO FILME JÁ VI Depois da aclamação com A Forma da Água, Guillermo del Toro está de volta aos cinemas como produtor do filme Histórias Assustadoras para Contar no Escuro, mas é o diretor do longa, André Øvredal, que dita o rumo que a história toma aqui, se afastando do tipo de …




Coluna do Paulo Rossi

IMAGEM | CARTAZ DO FILME

JÁ VI

Depois da aclamação com A Forma da Água, Guillermo del Toro está de volta aos cinemas como produtor do filme Histórias Assustadoras para Contar no Escuro, mas é o diretor do longa, André Øvredal, que dita o rumo que a história toma aqui, se afastando do tipo de fantasia de Del Toro ao mesmo tempo em que compõe uma narrativa cheia de nuances e referências vintage.

Com um elenco competente que não brilha em momento algum, porém que compreende bem seus personagens, a história gira em torno de um grupo de adolescentes que descobre um livro pertencente a Sarah Bellows, uma garota problemática que mantinha um mau relacionamento com os pais. Eles a trancaram num porão, e lá ela escreveu um livro repleto de histórias macabras. As histórias do livro começam a se tornar reais. Anos mais tarde, os amigos precisam evitar que esses contos continuem se tornando realidade.

O filme tem um leve toque de Clube do Terror, Lendas Urbanas do Gugu e pode te lembrar produções como It e/ou Stranger Things, com protagonistas jovens que cativam principalmente pelas suas cargas dramáticas e suas emoções fáceis de assimilação e identificação. O mérito é do diretor Øvredal, que já havia feito um bom trabalho de suspense em A Autópsia. E se o filme pode pecar para algumas pessoas no terror, que é de um tipo mais fantasioso – apesar de não emular o tipo de fantasia de Del Toro, como já falei aqui -, é no suspense e na aventura que compensa. É que assim como Stranger Things, o terror parece às vezes apenas pano de fundo para se discutir outras questões, como a Guerra do Vietnã, e traçar questões sociais, com um retrato caricaturado do nosso processo de crescimento e amadurecimento durante principalmente a infância/adolescência.

A produção não peca em design, figurino, e tudo funciona bem, trazendo além de tudo uma sensação nostálgica que esse tipo de produção tem se apegado ultimamente. É um filme que cativa, emociona, assusta e que apesar da resolução final apenas medíocre, deixa um gostinho bom. Uma produção que vale a pena você assistir AGORA!

ALÉM DISSO, HOJE TEM ESTREIA!

Era uma Vez em… Hollywood marca o retorno de outro gênio do cinema: Tarantino. O longa se concentra “no final da década de 1960”, quando “Hollywood começa a se transformar e o astro de TV Rick Dalton e seu dublê Cliff Booth tentam acompanhar as mudanças.”

Eu nem assisti e já amei! O longa tem sido bastante elogiado por onde passa – mas isso não choca ninguém, pois Tarantino – e o trailer é maravilhoso. Corre assistir também – e me chama! -!