“Friends” é das melhores coisas já feitas

FOTO | DIVULGAÇÃO NETFLIX Que me desculpe quem prefere outras séries, mas essa semana eu finalmente dei uma chance a Friends e até agora permaneço chocado e cada vez mais apaixonado por essa coisa linda de viver. Nem curto ser saudosista e ficar nessa ideia fixa de que “o passado era melhor”, mas não tem …




Coluna do Paulo Rossi

FOTO | DIVULGAÇÃO NETFLIX

Que me desculpe quem prefere outras séries, mas essa semana eu finalmente dei uma chance a Friends e até agora permaneço chocado e cada vez mais apaixonado por essa coisa linda de viver.

Nem curto ser saudosista e ficar nessa ideia fixa de que “o passado era melhor”, mas não tem jeito: só Friends é Friends. Concentrado em situações do cotidiano que acontecem nas vidas de seis amigos (Rachel Green, Monica Geller, Phoebe Buffa, Joey Tribbiani, Chandler Bing e Ross Geller), o seriado se tornou um fenômeno gigantesco e não é tão difícil assim imaginar alguns dos fatores que podem ter contribuído para esse sucesso: é que a história e o desenrolar dos personagens mexem com a gente falando sobre amizade, sobre sonhos, cultura pop e referências deliciosas, sobre temas que perpassam pela nossa existência, nosso crescimento, problemas da vida jovem adulta. Cada personagem tem características fortes, únicas, mas a conexão com o público certamente se deve ao entrosamento perfeito dos atores e ao realismo que a série possui, o flerte com o cotidiano. É quase uma crônica audiovisual e bem humorada as vezes, você claramente pode se identificar com alguém ali, mesmo diante dos exageros e excessos de um sitcom. Isso muda tudo.

Além disso, é maravilhoso ver, na série e fora dela, os personagens e atores evoluindo ao passar das temporadas. É um sentimento parecido com o que a geração Harry Potter sentiu, por exemplo. Cheio de atritos com fãs de outras séries lançadas antes ou depois da sua estreia – alô Seinfeld e How I Met Your Mother – que insistem em criar competições entre os produtos na tentativa de eleger o melhor, Friends se mantém firme e forte até hoje, inclusive “ganhando” o posto de seriado mais revisto na TV Time durante vários anos consecutivos.

O grupo de amigos foi levado ao ar na televisão americana durante dez anos/temporadas. Lógico que muitas são as curiosidades sobre a série, atores, produtores, afinal muitas coisas aconteceram e eu estou chegando atrasado demais – porém sempre é tempo, né verdade, amigo leitor? -, mas a principal delas após o final do seriado é a lenda urbana que garante que algum dia o elenco ainda vai se reunir de novo para gravar episódios inéditos. Aguardemos forever!

Apesar da série – o trocadilho, meu Deus! ba dum tss – de elogios, é lógico que o produto também deve ser criticado por certas e eventuais falhas, como o próprio texto. Muitas das piadas envelheceram mal e hoje não só não funcionam mais como devem ser vistas como de muito mau gosto.

Ainda assim, o saldo que o seriado deixou é bastante positivo e seu “legado” continua se perpetuando geração após geração. Quem nunca ficou brincando com amigos para descobrir qual personagem combinava com qual pessoa do grupo na vida real? Quem dos amigos seria mais parecido com quem da série? Tem até aqueles amigos esquizofrênicos – oi – que se sentem um pouquinho de cada um, de Phoebe a Joey.

E já que é para finalizar deixando o gostinho para você que ainda não assistiu à série, aproveitando-me do título sensacionalista dessa matéria e enquanto me deleito com essa produção que só agora estou assistindo, preciso afirmar, então, que Friends é das melhores coisas já feitas. Não à toa serve de inspiração até hoje e se mantém como uma obra única, inigualável, dentro do gênero de sitcom.

Se você já viu, parabéns, agora reveja.

Uma das coisas mais icônicas da série é a abertura. Todo mundo no planeta Terra já viu de uma forma ou de outra.