Bolsonaro diz que pegou gravação e nega que tenha agido para obstruir investigações

Segundo Bolsonaro, os áudios foram retirados antes que fosse adulterado.




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Bolsonaro diz que pegou gravação e nega que tenha agido para obstruir investigações

Foto: Reprodução

No último sábado (02), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que pegou os áudios das ligações realizadas entre a portaria e as casas do condomínio Vivendas no Rio de Janeiro. Segundo Bolsonaro, os áudios foram retirados antes que fosse adulterado. A data em que os arquivos foram retirados não foi especificado.

“Agora, eu estava em Brasília, está comprovado. Várias passagens minhas pelo painel eletrônico da Câmara, com registro de presença, na quarta-feira geralmente parlamentar está aqui. Eu estava aqui, não estava lá, e outra, nós pegamos antes que fosse adulterado, pegamos lá toda a memória da secretária eletrônica, que é guardada há mais de anos, a voz não é minha. Não é o seu Jair. Agora, que eu desconfio, que o porteiro leu sem assinar ou induziram ele a assinar aquilo. Induziram entre aspas, né? Induziram a assinar aquilo” — disse Bolsonaro sobre os áudios.

Neste domingo (03), em entrevista à Tv Record o presidente negou que tenha agido para obstruir as investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

“Agora, também falam que estou obstruindo a Justiça. Que obstrução? Apenas eu falei com meu filho, ele foi na portaria, como qualquer um dos 150 moradores do condomínio podem fazer. Colocou a data 14 de março do ano passado, entrou nas ligações da minha casa e para a casa dele, ele botou o áudio e filmou esse áudio. Nada além disso” disse Bolsonaro.

Ainda no sábado, os partidos de oposição ao governo federal, ameaçaram dar entrada em representações contra o presidente no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Procuradoria-Geral da República (PGR) por obstrução de justiça. Os líderes da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), e no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmam que Bolsonaro “confessou ter se apropriado de provas” relacionadas ao dos assassinatos. Os deputados entrarão com uma representação na PGR.