Foto: Agência Brasil
Agências das Nações Unidas divulgaram relatório que estima que cerca de 7 mil mortes de bebês recém-nascidos acontecem todos os dias no mundo antes de chegarem ao primeiro mês de vida. O relatório pede a nações que adotem medidas para melhorar a situação. A notícia foi divulgada pela Agência Brasil, na manhã desta sexta-feira (20).
Os dados foram anunciados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Embora o número seja alarmante, segundo essas agências, as taxas de sobrevivência de recém-nascidos vêm melhorando desde 2000, mas cerca de 2,5 milhões de bebês morreram em 2018.
O relatório ainda pontua que uma em cada 37 mulheres na África Subsaariana morre durante a gestação ou o parto. O documento ainda lembra que mulheres no parto e seus bebês recém-nascidos são mais vulneráveis em países em que há conflitos ou crise humanitária, como por exemplo Síria e Venezuela, por não terem acesso a políticas de tratamento especiais.
Ceará: 70% dos óbitos de bebês são de crianças com até 28 dias de vida
Índices divulgados em julho deste ano, pela Secretaria Estadual da Saúde (SESA), mostram que no Ceará, a taxa de mortes de bebês recém-nascidos em 2018 foi de 11 óbitos a cada 1.000 nascidos vivos.
Em números exatos, foram 1.470 mortes de bebês com até 1 ano de idade no ano passado. Desses, 70% morreram até o 28º dia de vida, o chamado óbito neonatal, o que corresponde a 1.039 mortes de bebês recém-nascidos.
A maior preocupação é com as precariedades nas maternidades no interior do estado, um fator que mais influenciou na quantidade de registros do relatório. De acordo com as avaliações de profissionais da saúde, as mortes são consequências de um conjunto de falhas em três importantes dimensões de assistência: pré-natal, hora do parto e cuidados ao recém-nascido.
