No aglomerado de galáxias Ophiuchus, que fica a cerca de 390 milhões de anos-luz da Terra, a Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA) detectou o que pode ser considerado ser “a maior explosão já vista no Universo”.
Uma “erupção gigantesca e recorde” atingiu um buraco negro em um aglomerado de galáxias distantes, segundo os astrônomos. No artigo publicado no The Astrophysical Journal, a equipe da Nasa relatou que esse foi o maior evento do tipo desde o Big Bang, que formou nosso Universo 13,8 bilhões de anos atrás.
Com informações da Nasa, a Agência Brasil afirmou que a descoberta foi possível a partir de dados de raios-X dos observatórios de Raios-X Chandra, da NASA; XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia; Murchison Widefield Array, na Austrália; e do Telescópio Gigante de Rádio Metrewave, na Índia.
“De certa forma, essa explosão é semelhante à forma como a erupção do Monte St. Helens, em 1980, arrancou do topo da montanha”, disse Simona Giacintucci, do Laboratório de Pesquisa Naval, em Washington, DC. Simona é a principal autora do estudo. “Uma diferença fundamental é que você poderia colocar quinze galáxias da Via Láctea seguidas na cratera, essa erupção perfurou o gás quente do aglomerado”, acrescentou.
A primeiro momento a equipe da Nasa duvidou da explosão e afirmou que já havia observado o fenômeno, mas que como era grande demais acreditava que deveria ter acontecido algum erro com o equipamento ou com os cálculos. Entretanto, meses de estudos depois, e graças ao uso de diversos equipamentos astronômicos, eles notaram que a explosão ocorrera de fato.
“Os dados dos telescópios de rádio se encaixam com os obtidos pelos raios-X como uma mão que se encaixa em uma luva“, disse o coautor Maxim Markevitch. “Esse é o argumento decisivo que nos diz que uma erupção de tamanho sem precedentes ocorreu ali.”
Com informações da EBC e Revista Galileu
