De ‘cabeça cheia’, Bolsonaro não quis ver dados de falha no Enem

O MEC divulgou ter identificado erro na correção de 5.974 provas, de 3,9 milhões participantes da última edição da prova




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Nesta segunda-feira, 03, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que pediu para não ver os dados sobre a falha no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por estar com a “cabeça cheia” e ainda disse que estar saturado sobre o assunto.

“Ele (o Abraham Weintraub, ministro da Educação) queria apresentar para mim os dados. Eu não quis, (estava) com a cabeça cheia. Hoje eu saturei. Não conversei”

As falas aconteceram em frente ao Palácio do Alvorada, quando Bolsonaro retornava de São Paulo. O presidente e Weintraub viajaram juntos para a capital paulista. Durante a declaração, Jair disse que as falhas apresentadas pelos os estudantes são mínimas.

“Quase em todos os ano têm problema. Representa menos de ‘zero vírgula alguma coisa’ o problema”, disse ele.

De acordo com o Mec, 5.974 provas, de 3,9 milhões participantes foram identificadas com erro na correção. Mais de 175 mil pessoas questionaram as notas, mas o ministério não respondeu.

No dia 28 de janeiro Bolsonaro chegou afirmar que as falhas poderiam ser “sabotagem”, mas não apresentou evidências.

“Se realmente foi uma falha nossa, se tem uma falha humana, sabotagem, seja lá o que for. Temos que chegar no final de linha e apurar isso aí”, disse Bolsonaro, que afirmou estar “complicada” a situação do exame.