Nesta segunda-feira (04), o governo informou que notificou a empresa grega Delta Tankers, suspeita de ser a responsável pelo vazamento de óleo que atingiu as praias do Nordeste do brasileiro. A Delta é proprietária da embarcação Boubolina, apontada nas investigações como a origem do derramamento que atinge a costa nordestina desde setembro.
Segundo a Polícia Federal (PF) e a Marinha, que estão responsáveis pela investigação, a embarcação grega teria sido carregada na Venezuela, o que explicaria o DNA do óleo, em outubro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou que a origem do petróleo seria venezuelana. Após o carregamento, o navio contornou a costa brasileira e seguiu para uma região próxima à Cingapura e à Malásia, onde teria efetuado uma operação “barco a barco” de transferência de barris de óleo.
A empresa pode ser julgada por infrações ambientais e por danos aos comerciantes da região, caso seja comprovado a sua responsabilidade no derramamento. Leornado Bim, presidente Ibama, afirmou que a multa máxima pela legislação é de R$ 50 milhões, mas o valor pode subir.
“O limite é R$ 50 milhões, mas pode ser aplicada mais de uma multa a depender da infração. Podem ser considerados danos da União, estados e municípios. O dano não está quantificado ainda, mas pode chegar à casa de bilhões” afirmou Leornado.
Até esta segunda (04), o grupo de acompanhamento do governo contabilizou 321 praias em 110 municípios em 9 estados atingidas desde o início do aparecimento das manchas de óleo.
O chefe de geointeligência da PF declarou em entrevista, que a corporação cobrou por meio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) que a companhia Delta Tankers se pronunciasse sobre o vazamento e pediu detalhes sobre a quantidade de óleo carregado, quem comandava a embarcação e qual seria o destino final do petróleo
