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Uma versão extra do Diário Oficial da União publicada nesta quarta-feira, 11, anunciou a suspensão da nomeação do jornalista Sérgio Camargo à presidência da Fundação Cultural Palmares. Camargo afirmou que Brasil tem “racismo Nutella” e que a “escravidão foi benéfica para os descendentes”.
O juiz Emanuel José Matias Guerra, da 18ª Vara Federal do Ceará, afirmou que quando analisou as publicações juntadas pelo autor da ação civil, Helio de Sousa Costa, as declarações de Sérgio “apontam para a existência de excessos” e acrescentou que “não serão aqui repetidos alguns dos termos expostos nas declarações em frontal ataque às minorias cuja defesa, diga-se, é razão de existir da instituição que por ele é presidida”
As declarações de Sérgio relativizam a escravidão e o racismo no Brasil. A Fundação Palmares é um órgão de promoção da cultura afro-brasileira.
Ainda na quarta-feira, na saída do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro, afirmou que “Cultura é para maioria, não é para minoria, não“, enquanto cumprimentava um grupo de eleitores, e disse que o então nomeado é excelente e que gostou muito dele. Bolsonaro ainda acrescentou: “Não tem essa história de branco e negro. Somos iguais e ponto final”.
A suspensão é assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e não há indicativo sobre o próximo nome que ocupará a função.
