O florear dos Ipês no Cariri Cearense

É nesta época do ano que os ipês – ou “pau d’arco” como também é conhecido – floreiam e esbanjam a sua beleza principalmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.




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O florear dos Ipês no Cariri Cearense

Foto: Elizangela Santos

O início do mês de setembro chega no Cariri Cearense trazendo muito calor e baixa umidade no ar, o que implica dizer que o inverno está chegando ao fim. É nesta época do ano que os ipês – ou “pau d’arco” como também é conhecido – floreiam e esbanjam a sua beleza principalmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.

O momento de floreio dura cerca de cinco dias, e é a partir desse momento que as flores começam a cair e enfeitar a terra encantada Cariri. O mesclado de cores começa com o ipê rosa, que passa a mostrar suas flores já no final de julho. O fenômeno continua no decorrer do inverno com outras espécies famosas como a do ipê-amarelo e branco, além do ipê-verde, uma das espécies menos conhecida.

A paisagem da terra encantada Cariri

As árvores são nativas da Mata Atlântica, da qual o Cariri detém uma pequena fatia. Em meio ao transitar na Avenida Padre Cícero, entre as cidades de Crato e Juazeiro do Norte, uma das mais movimentadas da região, é possível observar as cores que enfeitam e chamam atenção de quem passa por lá.

O dia da independência, 7 de setembro, tem uma decoração única e traja a beleza das cores dos ipês, que é simbolo nacional, e uma das árvores mais cultivadas no país por sua beleza e exuberância.

Proteção dos ipês

Em 2016, houve um protesto para preservação da espécie e o motivo foi para que a árvore não fosse retirada da área onde foi construída a Ciclovia do Cariri. Na época, aconteceu uma mobilização nas redes sociais com uma campanha para a não derrubada de cinco ipês amarelos, que ainda estão presentes no canteiro central da Avenida Leão Sampaio.

Preservação

São 4 as espécies de ipês mais comuns na região do Cariri, sendo elas pertencentes à família botânica das Bignoniaceae.

Weverton Almeida, mestrando em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e membro do Laboratório de Ecologia Aplicada e Fitoquímica (LEAF), fala sobre a preservação dessa árvore nativa:

“Os ipês não estão na lista de risco de extinção, mas acabam sendo vulneráveis à ação antrópica do ser humano nos ambientes naturais”.

Árvore nativa e de uso medicinal

O ipê roxo é bastante utilizado na medicina popular para o tratamento de inflamações. A parte utilizada para a preparação de garrafadas são as entrecascas, que são usadas para realizar a cicatrização de ferimentos. Weverton Almeida afirma ainda que o uso desse medicamento popular é contraindicado para mulheres gestantes.

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