‘Vocês têm de se virar’, disse o ministro da Educação a faculdades particulares sobre o Fies

Weintraub afirmou que o Fies “foi um crime do ponto de vista financeiro” e defendeu o ‘Future-se’, nova proposta do Ministério da Educação.




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'Vocês têm de se virar', disse o ministro da Educação a faculdades particulares sobre o Fies

Foto: MEC/Reprodução

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante a abertura do Fórum Nacional de Educação Superior, defendeu um sistema de autorregulação das universidades privadas.

“O que o governo vai fazer por vocês? Nada, o governo não vai fazer nada. Vocês têm de se virar.” Essas foram as palavras que iniciaram o discurso do ministro, em resposta ao presidente da Samesp, entidade que representa os donos de faculdades particulares do país, que havia perguntado sobre a política do governo para recuperar o Financiamento Estudantil (Fies).

Segundo o ministro, “o Fies foi foi um crime do ponto de vista financeiro. Metade dos alunos financiados está inadimplente, é uma bomba que vai ter de ser desatada. Muitos de vocês estão com esse problema nas mãos”.

Ele ainda defendeu o projeto Future-se que propõe uma afrouxamento nas regras de fiscalização e credenciamento para a abertura de novos cursos e faculdades privadas.

“Pela primeira vez em cem anos, o País tem um liberal na presidência e à frente do MEC. Aproveitem essa oportunidade, aproveitem que nós não ficamos criando problema para vender solução”, disse.

É a primeira vez que o ministro atacou o setor privado da Educação. Ainda em sua fala, Weintraub à organização do evento que mudasse o slogan (“Uma nova forma de penar a educação”). Ele pontuou que “tem que tirar educação e pôr ensino. A gente não têm de dar educação, mas sim ensino. Quem educa é família”, disse.

Embora a fala do ministro tenha sido centrada em críticas ao evento, ele pediu o apoio dos donos das faculdades privadas para defender o Future-se e rejeitar a atual proposta do Fundeb. “A gente precisa do apoio de vocês para o Future-se, que vai desafogar o ministério, e para um Fundeb correto. A atual proposta vai quebrar o governo e aí não vai haver financiamento para o setor privado”, disse.