O Funk vai dominar o mundo, pelo menos é o que diz o Deltafolha

Não tem para outro gênero musical brasileiro, o Funk é o mais ouvido em países estrangeiros




Cultura
Funk vai dominar o mundo

O DeltaFolha, jornalismo de dados da Folha de S. Paulo, fez um levantamento a partir das 200 músicas mais ouvida em 51 países, a pesquisa apontou que o Funk é o gênero brasileiro que ao mesmo tempo em que é escutado no país, consegue ter sucesso internacional.

É tanto que “Bum Bum Tam Tam”, do MC Fioti, foi a primeira música brasileira a chegar a 1 bilhão de visualizações no YouTube . O clipe cresceu no país, mas a audiência do exterior ultrapassou os espectadores brasileiros.

Um dos responsáveis por essa conquista, é o reizinho Kondzilla, que deu cara ao funk paulistano. O canal hoje tem mais de 52 milhões de inscritos, sendo o maior o canal do YouTube no Brasil. Chegando a assinar contrato de distribuição internacional com a Universal. O gênio Kodzilla deixou o funk mundial com uma produção mais limpa, próximo ao pop latino, mas sempre com sua cara.

Anitta é a MC mais bem-sucedida lá fora, “Downtown” entrou nas listas de 44 dos 51 países, incluindo os Estados Unidos. Mesmo tendo uma pegada reggaeton, vamos incluir o sucesso aos dois ritmos. “Vai Malandra” , funk eletrônico, é um dos hits da cantora mais conectados com o Brasil e também tocou muito no exterior. Chegou ao Top 200 de 15 países, incluindo Suíça e Hungria, além dos latinos.

Sem cantar em espanhol ou fazer parcerias com gringos, ele teve “Olha a Explosão” no Top 200 de 28 países, com alcance maior na América do Sul.

A pesquisa da Folha também apontou que, apesar da ascensão do funk, o Brasil não é bem uma potência na criação de hits globais. O k-pop, por exemplo, emplacou 985 músicas em países estrangeiros. Já as brasileiras foram 180 no período analisado.

Na música eletrônica, barreiras como a língua são menores. “Hear Me Now”, hit estrondoso do DJ Alok, chegou a 45 dos 51 países analisados. Sua melhor posição foi na Noruega (6º), mas a faixa rodou
o mundo e chegou até Estados Unidos e Europa.

Ao contrário de funk e sertanejo, que dividem a preferência do brasileiro, a EDM não chega a 6% do consumo nacional.

Se o funk é ouvido tanto no Brasil quanto no exterior, a música eletrônica se estabelece lá fora em detrimento do sucesso local. O sertanejo, com mais de um terço do Top 200 nacional, não chega a outros países.