Rivaldo Barbosa, delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Em relatório destinado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), a Polícia Federal afirma que Rivaldo Barbosa, delegado da Polícia Civil, deve ser investigado pela suspeita de ter recebido R$ 400 mil em propina para evitar que fossem conhecidos os reais culpados pelo duplo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes.
De acordo com a matéria publicada no site UOL, sem citar nomes, o MP-RJ confirmou que investiga Barbosa. O delegado foi citado em uma conversa telefônica como recebedor de propina.
“Foram trazidas suspeitas de suposta corrupção envolvendo servidores da Delegacia de Homicídios [DH], especificamente sobre o então chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, e servidores a ele relacionados, notadamente chefes da equipe de investigação da Delegacia de Homicídios”, afirmou o delegado federal Leandro Almada, em documento enviado no último dia 2 de maio ao MP-RJ.
Almada comandou o inquérito federal sobre um esquema para atrapalhar as investigações do atentado que matou Marielle e Anderson. Barbosa nega que tenha recebido propina.
“Não há nada disso”, afirmou Barbosa, ao telefone. “Trabalhei muito na DH [Delegacia de Homicídios] e nunca recebi nada de ninguém.”