Um dia lamentável para o povo brasileiro e para suas instituições
Eleito senador pelo Paraná, Moro agora sofre com uma investida do PL contra seu mandato. Aliado prioritário de Bolsonaro no segundo turno, o ex-juiz se vê rifado antes da legislatura começar. Sem capacidade de interlocução, seguirá bebendo irrelevância.
Chefe de governo até 31 de dezembro de 2022, Bolsonaro vem optando por um silêncio nunca antes visto. O presidente não fala com a imprensa, apoiadores e está distante das redes sociais. Bolsonaro finge não ver seu capital político ser reduzido.
A impressão que se tem é que a eleição continua, porque os bolsonaristas buscam de todos os modos construir um turno extra. Neste turno, o objetivo é desfazer o que as urnas expressaram e, assim, instaurar um totalitarismo sob a égide de Bolsonaro.
Ainda no comando do país, Bolsonaro mantém o comportamento de um não-líder. Demorou para reconhecer o resultado das urnas, negociou vantagens para falar no pós-eleição, e não condenou claramente as ações antidemocráticas. Ele confirma que permanece no porão da República.
Apoiador antigo de Jair Bolsonaro (PL), Roberto Jefferson atirou contra policiais que cumpriam um mandado de prisão contra ele. Ex-deputado federal, o político escancara -novamente - a rinha pública que o bolsonarismo transformou o país.
Faltando menos de duas semanas para o primeiro turno das eleições, vem à tona o ideário do ‘voto útil’. Porém, em 2022, essa ação está diretamente atrelada a um espectro em tácita ameaça, o ambiente democrático.
Os últimos dias foram marcados por situações que evidenciaram o nível de tensionamento que o país enfrenta. As eleições estão transformadas em uma guerra, e o ódio é a arma principal de alguns. O ódio não cabe no processo eleitoral, e muito menos na política.
No governo de Bolsonaro tivemos um processo contínuo de destruição das políticas públicas para a cultura no País.
As entrevistas comandadas por William Bonner e Renata Vasconcellos foram o auge da semana política. Ao fim desta partida, Bolsonaro mentiu flagrantemente, e sem domínio de sua narrativa, perdeu. Já Lula, lidou bem com o que seria caro a sua campanha.